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Investimentos em Renda Fixa – CDB

Depois de entender de uma forma geral sobre investimentos e suas vantagens, começamos hoje na prática essa modalidade. Vamos abordar as principais opções de investimentos em renda fixa oferecida pelo mercado para pessoa física. Vamos explicar seu funcionamento, suas características e tudo mais que você precisa entender para se sentir segura em começar nesse universo maravilhoso!

Vamos estudar separadamente cada uma dessas opções, ao final de todos os tópicos sobre o assunto investimentos ensinaremos como criar seu planejamento para saber onde realmente investir seu dinheiro de acordo com suas necessidades. Até lá nós teremos muitas atividades interessantes que irão te fazer sentir o gostinho de investir seu dinheiro.

Veja então como funciona o investimento em Renda Fixa e hoje entenda tudinho sobre CDB.

Entenda que para todos seus objetivos financeiros, investimentos será sempre o seu melhor amigo!

Segure na minha mão e vamos em frente!

Você verá que essa é  uma alternativa acessível e fácil… uma ótima opção para começar ou até mesmo para diversificar sua carteira de investimentos.

Divirtam-se!

O que é Renda Fixa?

Pois bem, em primeiro lugar, o que é isso?

Renda Fixa é um termo que se refere a qualquer tipo de investimento que possui uma remuneração paga em intervalos e condições preestabelecidas.

Uma maneira fácil de você entender o que é renda fixa é imaginar que cada título é como um empréstimo onde o investidor concede dinheiro a uma entidade em troca do pagamento de juros. Nesse contexto, essa entidade, geralmente um banco (pode ser uma empresa ou o próprio governo), emite um documento onde ele se compromete a devolver o dinheiro pago acrescido de juros em uma data preestabelecida.

O investimento em renda fixa pode ser contrastado com investimentos de renda variável considerando simplesmente a previsibilidade da remuneração. No primeiro caso é possível prever o valor que será recebido pelo investimento, pois estes valores são previamente definidos. Já no segundo caso isso não é possível, pois a remuneração está associada às características do mercado que dependem de diversos fatores econômicos normalmente imprevisíveis.

Por exemplo, se você investir R$ 1.000 a uma taxa de juros de 2% ao mês, você receberá no final do mês R$ 1020. A soma do que você investiu inicialmente (R$ 1.000) mais os juros cobrados (sem o cálculo de despesas ou impostos).

Classificação das aplicações em Renda Fixa

Os investimentos de renda fixa são aplicações financeiras em títulos de renda fixa, que podem ser classificados segundo dois critérios:

  • quanto ao tipo de emissor do título, entre públicos (Governo) e privados (empresas);

  • quanto à rentabilidade do título, em prefixados e pós-fixados.

  • Prefixado: são aqueles cujo rendimento está associado a um valor previamente conhecido (como um percentual de ganho) e uma data de vencimento. Nesse tipo de investimento, o portador do título resgata o valor investido na data de vencimento acrescido da remuneração previamente acordada. Exemplo.: Poupança e alguns títulos públicos, como a LTN.

Você sabe o que significa quando o gerente do seu banco lhe oferece um CDB prefixado de 360 dias rendendo 18%?

Isto significa que você já sabe o quanto receberá dentro de um ano – o valor investido mais juros pelo período (360 dias) em que o dinheiro foi investido.

  • Pós-fixado: são, em essência, títulos de renda variável, no entanto, são classificados como sendo de renda fixa pois seu rendimento está associado a indicadores do mercado (que sofrem menos oscilações) além de poderem ter alguma forma de garantia fornecida pela entidade emissora do título (como um percentual mínimo de ganho). Dessa forma, na data de vencimento, o portador do título resgata o valor investido acrescido da remuneração determinada pelo indicador no período do investimento e das garantias acordadas, quando houver. Exemplo: Alguns títulos públicos, como a NTN-F.

Esses títulos têm o seu rendimento fixado como sendo a soma da variação da inflação (medida pelo IGP-M ou IPCA) mais uma taxa de juros predeterminada. Portanto, se a inflação for 7% e a taxa predeterminada for de 6% então a taxa bruta (excluindo impostos) será de 13%. Se a inflação subir para 9%, então a taxa bruta sobe para 15%.

Por isso que a maioria dos analistas fala que um investimento pós-fixado é mais adequado quando se espera um aumento da inflação, ou da taxa de juros. Pois, como vimos, neste tipo de cenário o rendimento do título tende a subir aumentando o retorno para o investidos.

Modalidades de investimento em Renda Fixa

Portrait of young female office worker with newspaper

Alguns exemplos são:

  • Certificado de depósito Bancário – CDB (assunto de hoje) SEMANA 1

  • Debêntures (assunto da próxima semana) SEMANA 2

  • Títulos públicos – Tesouro Direto (LTN, LFT ou NTN) (assunto da próxima semana) SEMANA 2

  • Caderneta de poupança (assunto da próxima semana) SEMANA 2

  • Fundos de Investimentos (assunto da semana seguinte) SEMANA 3

  • LCI (assunto da semana seguinte) SEMANA 3

  • LCA (assunto da semana seguinte) SEMANA 3

Como investir em Renda Fixa?

O investimento pode ser feito diretamente em títulos de renda fixa, comprando debêntures, CDBs, LTNs, etc. Neste caso é necessária a abertura de uma conta em uma agente de custódia, ou você pode aplicar neste mercado indiretamente através dos vários tipos de fundos de investimento em renda fixa.

Riscos

Os riscos envolvidos ao investir em Renda Fixa são os seguintes:

– Inadimplência do Emissor do título

Quem investe em renda fixa está comprando um Título de Dívida, ou seja, empresta dinheiro ao emissor do papel, que em troca lhe paga juros até a data de vencimento desse papel, quando ocorre o resgate do título.

Sobretudo quando os emissores dos títulos ficam inadimplentes e não conseguem pagar a dívida é quando o maior risco vinculado a estes títulos ocorre.

Este é o cenário que ocorreu com a Argentina em 2002 e o drama que vive as economias desenvolvidas atualmente, que se encontram em um limite de endividamento e não conseguem obter novos empréstimos sem que o mercado cobre uma taxa mais alta.

– Mudanças bruscas nas taxas de juros

Outro risco é quando há mudanças bruscas nas taxas de juros o que causa impacto nas cotações dos títulos. Isto acontece porque o preço dos títulos são preços de mercado e oscilam conforme as expectativas de juros pelos agentes financeiros.

Se for feita a venda dos títulos de forma antecipada, esta oscilação pode ser negativa, podendo gerar perdas financeiras. Esta troca de títulos gerando perdas é o mecanismo conhecido como marcação a mercado nos fundos de investimentos.

– Inflação

Ainda que não ocorra a perda nominal do capital, o valor investido na Renda Fixa poderá sofrer perdas no poder aquisitivo se a inflação no período do investimento for maior do que a rentabilidade conferida ao título investido.

– Desvalorização Cambial

O mundo está conectado e não adquirimos produtos exclusivamente em Reais. Apesar da boa saúde neste momento da economia brasileira, já tivemos no passado muito problemas econômicos, o que desvalorizava nossa moeda perante os pares mundiais, encarecendo a compra/importação de produtos cotados em outras moedas. A desvalorização cambial, portanto, gera um risco que deve ser considerado em seus investimentos.

Two young women in office

Certificado de depósito Bancário – CDB

O CDB é uma boa alternativa para quem deseja ter rentabilidades melhores que a poupança.

O que é o CDB?

CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Esses certificados são títulos que os bancos emitem para captar dinheiro das pessoas. Dessa forma, o banco remunera com juros, que varia de acordo com o valor emprestado, a quem emprestou.

Cedemos determinado montante para o banco por um prazo previamente acordado e ele nos devolve esse montante acrescido de uma taxa de juros (pré ou pós fixada). É assim que funciona um CDB.

Tipos de CDB

Existem basicamente 2 tipos de CDB. Os prefixados e os pós-fixados. Como já vimos aqui.

  • Prefixados: Você sabe exatamente quanto irá receber no vencimento. Exemplo: um título que possui uma taxa prefixada de 10% a.a. significa que você receberá exatamente 10% ao ano ao emprestar um valor X.
  • Pós-fixados: Você receberá um valor de acordo com o indexador. No geral, é utilizado o valor do CDI* como base para o CDB. CDI significa Certificado de Depósito Interbancário e ele é medido de acordo com o valor médio diário que os bancos emprestam dinheiro entre si. Exemplo: Investimos em um CDB que paga 95% do CDI. Se o CDI estiver pagando 10% ao ano, o nosso CDB irá render 9,5% ao ano. Você não deve esquecer que o CDI pode variar anualmente.

 Vale a pena investir no CDB?

O CDB é um investimento interessante para quem deseja ter rentabilidade melhor que a poupança. Mesmo sendo cobrado o imposto de renda, um CDB que paga 100% do CDI tem rendimentos melhores que a poupança.

No entanto, é muito importante que você sempre verifique quanto do CDI está pagando a sua aplicação.

Veja a comparação considerando imposto de 22,5% sobre o lucro do CDB (subtraindo da rentabilidade, o que acaba fazendo com que os cálculos sejam mais pessimistas que a realidade), veja os resultados:

cdb-2
Na esquerda você pode observar quantos % do CDI o CDB em questão paga. No topo existe diferentes cenários para taxa de juros. No cenário atual, taxa de juros a 9%, os investimentos no CDB são mais interessantes que o investimento em poupança, mesmo sendo cobrado o imposto de renda.

O CDB possui um valor mínimo para aplicação entre R$ 200,00 e R$ 2.000,00. Esse valor varia de acordo com o banco.

Riscos

Os riscos envolvidos no CDB são baixos. Isso porque existe o fundo garantidor de crédito que garante até R$ 250.000,00 por CPF por instituição bancária.

Nos títulos prefixados existe o risco da taxa de juros subir e você ter um prejuízo, se precisar resgatar o dinheiro no curto prazo.

Custos

Não há custos para no CDB.

Tributação

Quanto mais tempo o dinheiro permanecer aplicado no CDB, menor a incidência do imposto de renda e maior o percentual do CDI oferecido pelo banco.

O imposto de renda sobre os lucros varia de acordo com o prazo aplicado.

  • Até 180 dias é cobrado 22,5% sobre o lucro do investimento.
  • De 181 dias até 360 dias é cobrado 20% sobre o lucro.
  • De 361 dias até 720 dias é cobrado 17,5% sobre o lucro.
  • De 721 dias em diante é cobrado 15% sobre o lucro.

Não se esqueça de calcular o valor do imposto quando for investir no CDB. Ele afetará bastante o resultado final.

Um passo a passo para investir

 1 – Verificar seus investimentos

O primeiro passo para investir no CDB é verificar primeiro onde você está investindo seu dinheiro e qual a rentabilidade que você está tendo nesses investimentos. Além disso, você deve ter um objetivo final.

Exemplo: Quero investir por 1 ano para uma viagem, quero investir por X anos para o objetivo Y.

Lembre-se de calcular o imposto que será cobrado de acordo com o prazo que você deseja investir.

Se o CDB for o investimento adequado para o que você precisa, você estará apto para passar ao segundo passo.

2 – Abrir uma conta em um banco ou corretora

Para abrir conta em um banco ou corretora você precisa de um documento de identidade, CPF e comprovante de residência. A partir daí você poderá investir no CDB.

3 – Verificar qual CDB é mais adequado

Você deve se lembrar de que a rentabilidade dos CDBs variam de acordo com a instituição e valor total aplicado. Então é sempre importante verificar qual instituição que está pagando mais e também o tamanho e credibilidade da instituição.

Exercícios

Partindo do princípio que você já tem uma conta num banco, o que você precisa saber é identificar se vale a pena fazer o investimento no CDB no banco onde é cliente, por isso nessa semana você precisa colher algumas informações. Acredito que um e-mail ou ligação para o gerente do seu banco deve resolver rapidinho.

1 – Qual é o percentual do CDI o CDB do seu banco paga.

2 – Faça simulações no seu home banking de investimentos em CDB.

3 – Separe um valor, a partir de R$ 200,00 (que é o mínimo para investir em CDB), compare o prazo e rendimento do CDB e poupança e veja se vale a pena você fazer esse investimento. Se sim, faça seu primeiro investimento em CDB agora!

Dicionário da Mulher Investidora:

CDI = Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário.

Sua função é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.

Taxa CDI

A taxa do CDI, via de regra, acompanha de perto a variação da taxa Selic.

Quanto mais baixa estiver a taxa do CDI, mais barato estará o custo do dinheiro no mercado. E quando isso acontece, a rentabilidade dos principais investimentos em renda fixa também caem bastante.

Rentabilidade atrelada ao CDI

O que significa um CDB que rende 100% do CDI? Por misturar siglas e percentuais, essa apresentação de rentabilidade pode confundir (e confunde!) muita gente.

Um CDB que rende 100% do CDI, em outras palavras, terá exatamente a mesma rentabilidade da variação do CDI em determinado período. Se o CDI teve uma taxa acumulada de 11,60% nos últimos 12 meses, esse CDB teria rendido exatamente 11,60% no mesmo período.

Ao contrário do que alguns pensam, 100% do CDI não significa uma rentabilidade de 100% ao ano (infelizmente!). Esse percentual representa o quanto sua aplicação vai render acima ou abaixo do CDI.

Ainda dando exemplos para ilustrar essa taxa, caso seu CDB renda 90% do CDI, e o CDI foi de 11,60% nos últimos 12 meses, a rentabilidade do seu investimento, no mesmo período, teria sido 10,44% (11,60 * 0,90).

Em contrapartida, caso seu CDB rendesse 110% do CDI, considerando a mesma taxa anterior, a rentabilidade deste CDB seria 12,76% (11,60 * 1,10).

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